Transformação da subida da serra em Estrada-Parque: assunto esquecido na nova concessão

Movimento Petrópolis 2030 quer a retomada do debate e a definição para o trecho

O movimento empresarial Petrópolis 2030 – formado por 26 entidades representativas de setores econômicos e da sociedade organizada – quer a retomada urgente da discussão sobre o destino da subida da serra, na BR-040, após a conclusão da nova pista. A ideia de transformar a “futura antiga pista de subida”, trecho de 20 quilômetros que faz parte da rodovia Rio-Juiz de Fora (BR-040), em uma “estrada-parque” foi levantado em 2011, mas agora, às vésperas da licitação de uma nova concessão para a Rio-Juiz de Fora e a previsão de conclusão da via de acesso à cidade, nenhum representante do poder público concedente anuncia o que será feito do trecho atual. 

A ideia era criar um corredor ecológico, promovendo o turismo sustentável e a preservação ambiental, transformando a pista em uma rodovia para a contemplação, o passeio enquanto a nova pista seria a de acesso rápido. No entanto, desde então, pouco se falou sobre o assunto, e o projeto parece ter caído no esquecimento.

Com a previsão da licitação da nova concessão para dezembro, o movimento empresarial Petrópolis 2030 levantou preocupações significativas sobre o futuro da antiga estrada. Claudio Mohammad, coordenador do movimento, expressa sua apreensão: “estamos preocupados que, sem um plano de manutenção adequado, a antiga pista de subida se torne mais um exemplo de abandono como é a Serra Velha da Estrela.  Transformá-la em uma estrada-parque não só beneficiaria o meio ambiente, mas também poderia impulsionar o turismo e a economia local, trazendo novos visitantes para a região.”

A preocupação de Mohammad reflete um sentimento mais amplo na comunidade empresarial de Petrópolis. Para muitos, a estrada-parque representaria uma oportunidade para revitalizar a área e promover o ecoturismo. “Estamos falando de um ativo que pode se transformar em uma atração única, atraindo turistas interessados na natureza e na história da região,” comenta Mohammad. “Não podemos permitir que um recurso tão valioso seja desperdiçado”, completa.

No entanto, o cenário atual é incerto. As obras da nova pista, segundo o Programa de Exploração da Rodovia (PER), anexo ao contrato de concessão, de 1995, previa a conclusão da  obra em 2006. Ela só foi iniciada em 2013, abandonada em 2016 e depende da nova concessão para ser retomada. A expectativa é de que a nova pista fique pronta em 2031. “Temos sete anos para um plano de manejo para o que será “a antiga estrada”. O movimento Empresarial Petrópolis 2030 pede ação do governo federal para garantir que esse trecho não seja simplesmente deixado ao acaso”, frisa Cláudio Mohammad.

Além das preocupações econômicas, há também um forte argumento ambiental para a preservação da estrada. A ideia de uma estrada-parque é promover um espaço onde a natureza e o desenvolvimento humano coexistam harmoniosamente. Transformar a antiga pista em um corredor ecológico poderia ajudar a preservar a fauna e flora local, além de servir como um exemplo de sustentabilidade para outras regiões.

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