Movimento ‘Petrópolis 2030’ acompanha ação do Estado junto ao governo federal pela nova pista da BR-040
O movimento empresarial Petrópolis 2030 está acompanhando de perto a movimentação do governo do Estado pela conclusão das obras da nova pista de subida da serra, tema de reunião entre o governador Cláudio Castro e o ministro dos Transportes, Renan Filho, nesta terça-feira (13) em Brasília. O movimento, que tem a participação de 24 entidades empresariais, estabeleceu uma agenda de obras, intervenções e programas listando 20 ações prioritárias e iniciais para que a cidade volte aos trilhos do desenvolvimento e a nova pista na BR-040 é elencada como urgente pelo que representa para a economia não apenas de Petrópolis, mas do estado do Rio e de Minas.
A ausência da nova pista gera um prejuízo anual estimado em R$ 100 milhões em logística e acidentes, de acordo com a Federação das Indústrias do Estado do Rio. A BR-40 é a principal via de acesso aos mais dois milhões de turistas que chegam à cidade anualmente, é essencial para escoamento da produção e recebimento de matéria prima para as 277 indústrias da cidade, assim como influencia diretamente os mais de cinco mil pontos comerciais e de serviços existentes no município e aos mais de 10 mil petropolitanos que se deslocam para o estudo ou trabalho todos os dias no Rio e Região Metropolitana.
A urgência pela conclusão da obra foi levada pelo governador Claudio Castro ao ministro dos Transportes, Renan Filho e abordada também com o vice-presidente do Tribunal de Contas da União, Vital do Rêgo. “O envolvimento do governo do estado, pela força política, é essencial para que a obra seja concluída colocando fim a uma espera de quase duas décadas. Sua conclusão vai resultar em benefícios concretos, como a melhoria da segurança viária, a redução do tempo de deslocamento e o estímulo ao turismo na região”, aponta o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Petrópolis, Cláudio Mohammad, que lidera o Petrópolis 2030.
Uma das possibilidades que o movimento Petrópolis 2030 está levantando junto ao governo do estado e que já foi assinalada pelo governo federal como uma alternativa para destravar obras importantes para o país, é desvincular a construção da pista de subida da nova concorrência para a exploração da BR-040 desvinculando a intervenção do plano gestão da rodovia.
Para Cláudio Mohammad, o fato de a pauta ter sido apresentada ao governo federal como umas reivindicações em mobilidade feitas pela gestão fluminense gera a visibilidade necessária para uma solução. “ O governador Cláudio Castro é fundamental nesse projeto e dois agentes públicos importantes são o secretário de Governo, Bernardo Rossi, e o deputado federal licenciado e secretário estadual de Óleo, Gás e Energia, Hugo Leal, pela proximidade com a cidade e por estarem atuantes para que a nova pista seja construída”.
O presidente da CDL, que é uma das entidades que se uniram para cobrar obras essenciais para a cidade, frisa que o movimento Petrópolis 2030 busca mobilizar esforços para que a obra da BR-040 seja tratada como uma política de prioridade, independente do modelo adotado para a concessão da rodovia. “A ideia é garantir que a gestão fluminense, representada pelo governador Cláudio Castro, esteja engajada nesse processo e estabeleça uma tratativa com a União visando a realização da obra dentro de um curto período de tempo”, conclui.
Acidente recente deixou serra interditada por sete horas
Um dos recentes episódios que demonstram como a falta da nova pista afeta Petrópolis aconteceu na quinta-feira (08) início do feriadão e dias antes da agenda do governador em Brasília. A estrada ficou totalmente interditada por sete horas após um acidente com um caminhão-tanque de combustível que explodiu matando o motorista e com o fogo atingido mais seis carros que seguiam viagem.
O movimento empresarial de Petrópolis vem cobrando dos agentes públicos responsáveis que a nova pista de subida da serra seja concluída o mais rápido possível. A atual pista não comporta mais o tráfego existente e não tem os parâmetros necessários de segurança considerando que as carretas e caminhões são muito maiores hoje do que há 95 anos quando a estrada foi inaugurada. Na época, em 1928, a frota do estado do Rio era de 20 mil veículos. Hoje, são 65 mil carros, ônibus e caminhões circulando diariamente pela rodovia dos quais 20 mil subindo todos os dias a serra.